Educação das Virtudes

06/05/2011 15:55

                Na tradição de nossa Igreja e nas famílias sempre se insistiu na formação humana e cristã das virtudes. Se vamos buscar a contagem das virtudes, no cristianismo, encontramos muitas.

A Sagrada Escritura faz a descrição de grande número de virtudes. Virtudes são forças pessoais que cada pessoa procura cultivar em sua vida. São dados positivos que norteiam a vida das pessoas. As virtudes não são vistas apenas do ponto de vista religioso. Mas, são forças que servem no processo de estabelecer uma vida digna e solidaria na sociedade. Quando não conseguimos estabelecer um processo educativo para as virtudes, toda a sociedade sofre.

A colaboração mensal dos fiéis na procissão das ofertas em celebração das comunidades é uma forma de educar-nos para a virtude da generosidade. Na sociedade de hoje não é espontânea uma colaboração em dinheiro. Quando não conseguimos “medir” um retorno para aquilo que oferecemos, sentimos dificuldade de oferecer nossa contribuição. Por isso, a generosidade não é uma virtude espontânea.

Ela precisa um treinamento, um processo educativo; tomar algumas decisões que devem ser repetitivas, para criar uma conduta correspondente. Não se trata de um mero “costume”, porque o costume é menos profundo do que a conduta. A conduta cria um caminho mais profundo que vai para a interioridade de cada pessoa. A colaboração mensal, por ocasião da celebração comunitária, nos educa e nos mantém atentos para as necessidades da organização e dos trabalhos de uma paróquia. Percebemos melhor nossa responsabilidade concreta de acompanhar a dimensão religiosa da paróquia. Com certeza seremos menos mesquinhos e menos calculistas quando oferecemos a Deus nosso dízimo. Por isso, tenhamos a coragem de nos lançar neste processo mensal da contribuição na oferta procissional do dia, estabelecida na comunidade.

Pe. Alcido Kunzler