História da Comunidade

 

         Para podermos entender um pouco o processo de povoamento do Bairro Santo Antônio temos que compreender como acontece a colonização do Oeste de Santa Catarina. As concessões de terras foram feitas a pessoa que tinham prestígio político e econômico nas várias regiões do Estado. Essas pessoas tinham a tarefa de promover o povoamento e o desenvolvimento da área.

         Criam-se empresas responsáveis pela venda de terrenos objetivando trazer pessoas de origem italiana e alemã oriundas do Rio Grande do Sul.

         Chapecó começa a crescer e despontar por sua grande produção agrícola e pecuária. Com o aumento da produção criam-se as agroindústrias. Essas necessitam de pessoas para trabalharem. Esse é um dos principais motivos da vinda de imigrantes italianos e alemães para o Bairro Santo Antônio, pois este estava próximo a uma agroindústria: Frigorífico Chapecó, na época SAIC.

         O Bairro Santo Antônio recebeu este nome devido a devoção que o senhor Severiano Rolim de Moura tinha por esse santo.

         O senhor Severiano, dono da maior área de terras deste local, loteou-as para venda tendo como procurador, o senhor Aquiles Rachelle.

         O bairro começa a ser povoado por volta de 1950, sendo seus primeiros habitantes: Leonardo Schimitz, Primo Romam, Aquiles Rachelle, José Bet, João Venâncio e a família Pedersetti.

         A pedido dos moradores, o senhor Severiano Rolim de Moura fez a doação de uma área de terra para a construção da escola que recebeu seu nome como homenagem. A primeira escola denominava-se Escola Isolada Bairro Santo Antônio.

         Haviam poucas famílias. Todos se conheciam e se visitavam. O lazer dessas pessoas era festas comunitárias e familiares, bailes, futebol e jogo de baralho.

         A primeira missa foi realizada no dia 21 de abril de 1970 rezada pelo Pe. Ivo Oro, debaixo de árvores.

         O salão comunitário da Igreja Católica foi construído em mutirão. Isso demonstra a união das famílias daquelas época.

         De 1989 à 1992 formou-se dois conjuntos habitacionais – “Novo Horizonte” e “Primavera” – sendo seus habitantes a maioria operários/as e trabalhadores/as informais.

         O bairro hoje conta com mais de 3.500 habitantes, representando 2,89% da população de Chapecó e uma área de 2,0 Km2 representando 2,99% da área urbana (Dados: Prefeitura Municipal de Chapecó).

         Em consequência do rápido crescimento populacional e a falta de emprego na cidade, surgiram alguns problemas como: violência, desentendimentos familiares, roubos, drogas, formação de gangs, deficiência na infra-estrutura para lazer das pessoas...

         Hoje podemos dizer que em nosso bairro há: iluminação pública, água encanada, recolhimento de lixo, telefones públicos, igrejas, policlínicas, transporte coletivo, creche, duas escolas municipais públicas, padaria, pequenas indústrias e casas comerciais.

         Neste bairro há vários grupos organizacionais: Associação de Moradores, Associação dos Conjuntos Habitacionais, Comissão de Pastoral Católica, APP’s das unidades escolares, Grupo de Idosos e Mulheres...